Sem dúvida o que mais ajuda a reduzir a mortalidade de empresas no país diante de um catastrófico cenário de crise financeira, é o crédito liberado pelo BNDES e demais instituições. Especialmente, no que se refere ao crédito às pequenas empresas.
Nós mesmos já noticiamos aqui na nossa Central de Combate à Crise, diversas notícias sobre as ações dos governos e das instituições bancárias como medidas de redução dos impactos econômicos e manutenção de empregos. No entanto, o que mais tem se ouvido é a insatisfação das empresas frente aos obstáculos para ter acesso a esses valores. Jornais e portais online como: o Diário Gaúcho (no Rio Grande do Sul), CBN (de Curitiba), Revista Veja (em São Paulo), G1 (São Paulo) têm noticiado falta de capital por parte dos micro e pequenos negócios, bem como as dificuldades no acesse a esse benefício que está sendo anunciado como facilitado.
O que é mesmo capital de giro?
Antes de mais nada, é preciso contextualizar que capital de giro é o montante necessário para a manutenção das atividades de um empresa. Por exemplo: dinheiro suficiente para pagar mão de obra, aluguel, fornecimento de energia, água e insumos para que uma determinada empresa siga funcionando mesmo em casos em que não há entradas de capital (contratações e vendas).
No Brasil, é bastante comum que devido ao pouco conhecimento administrativo, muitos empreendedores tenham uma ideia e já coloquem-na em prática sem ter esse resguardo, esse valor de segurança necessário para que o negócio se mantenha até que comece a dar lucro.
Seguramente, a falta de estratégias com o capital de giro é fator que culmina no fechamento de muitos empreendimentos. Por isso, é fundamental está com o fluxo de caixa em dia, tendo sua contabilidade sempre planejada.
Atenção! Capital de giro, via de regra, acompanha curto e médio prazo. Mas especificamente em um momento como o que estamos vivendo, encarando uma grande crise econômica que não tem previsão de término, é essencial pensar no curto prazo. Quanto a sua empresa precisa para sobreviver este mês?
Quais os passos para contratar crédito e espantar a crise?
Passo 1: Entrar em contato com o seu banco (banco em que você tem conta e já possui um relacionamento). O que tem ocorrido é que muitas empresas têm tentado contato direto com o BNDES. Mas o caminho é realmente acessar o banco de sua região e verificar possibilidades e condições.
Passo 2: Negociar com seu banco prazos, taxas, valores e garantias. Atualmente, está estabelecido que o prazo máximo para pagamento dos valores contratados nesse período é de até 5 anos, incluindo carência de até 2 anos. De acordo com as normativas do Conselho Monetário Nacional, as garantias são livres e dependerão do que for negociado entre a instituição financeira credenciada e a beneficiária do financiamento (você).
No que diz respeito às garantias, você pode contar com o Fundo
Garantidor para Investimento (BNDES FGI).
Passo 3: Formalização de proposta. O seu banco realiza o envio de documentação e proposta para validação junto ao BNDES.
Passo 4: Análise de crédito. Após a realização da análise de crédito, o BNDES liberará o valor ao seu banco, que passará à você.
Tem dúvidas se o seu banco libera capital de giro dentro desses padrões? Conheça os agentes financeiros (bancos e cooperativas de crédito) habilitadas a conceder linhas de crédito advindas do BNDES para auxiliar pequenas empresas a enfrentar a crise: Acesse a lista.
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