Pequenos e médios negócios possuem uma importante vantagem estratégica: potencial de crescimento rápido. É isso que atrai empreendedores e investidores, sempre em busca do possível lucro iminente de empresas emergentes. E a primeira pergunta que eles costumam fazer é: quanto vale a sua empresa? Qual seu valuation?
A resposta esperada é um valor numérico com base em fluxo de caixa, balanço patrimonial e custo de capital. A esse processo de cálculo chamamos valuation, que estima o valor de uma empresa de forma sistematizada, usando um modelo quantitativo.
O grande diferencial deste procedimento é que, mais do que uma fórmula de cálculo, ele é o resultado de uma percepção do mercado. Portanto, o número final pode não ser exato, visto que análises financeiras implicam em conhecimento do mercado e do setor, atributos técnicos e perspectivas estratégicas.
Obviamente a decisão final é do comprador, portanto, ele fará todos esses cálculos para determinar quanto acha que vale o seu negócio. Por isso, é fundamental que o empresário tenha o conhecimento real de sua empresa, a fim de poder negociar esse valor a partir do cenário real e potencial do negócio.
Por que fazer o valuation de sua empresa?
Além de poder responder à pergunta de um possível investidor e possibilitar uma melhor negociação, o processo do valuation funciona como uma pausa na frenética operação do dia a dia para se perguntar: estamos indo no caminho certo?
Afinal, quando você conhece o real valor do seu empreendimento e analisa o seu comportamento histórico, consegue enxergar onde está acertando e onde deve corrigir, a fim de seguir em frente com mais confiança. Por isso o valuation é eficaz também como método para realizar balanço patrimonial e projetar o futuro da empresa.
Outro benefício é o fato de ele ser extremamente útil quando você precisa determinar cálculos, como Custo Sobre Capital Próprio e Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC).
Como fazer o valuation?
O método mais utilizado considera o fluxo de caixa da empresa em algum momento do futuro.
O cálculo normalmente exige projeções sobre o caixa da empresa e subtrai do resultado de custo necessário para trazer ao presente valores que só seriam obtidos no futuro.
O processo pode ser resumido em três grandes etapas:
- Estimar o fluxo de caixa para, em geral, os próximos 5 anos;
- Definir a taxa de desconto, baseando-se no risco da empresa de acordo com outras oportunidades de investimento, como bolsa ou poupança;
- Trazer os resultados para o valor presente e somá-los.
E se minha empresa é nova?
Em empresas nascentes, é complicado realizar esse cálculo devido à falta de um histórico de receitas, custos e despesas que possa comprovar a capacidade de geração de fluxo de caixa. Se esse é o seu caso, o fundamental é ter um plano de negócios detalhado, capaz de convencer potenciais investidores da precisão de suas projeções.
E, tanto para quem tem histórico quanto para quem não tem, tenha sempre em mente os argumentos-base de suas premissas, visto que o valor de cada aspecto do seu negócio pode variar, dependendo da percepção de cada investidor.
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