Para administrar bem uma empresa é preciso controlar estoques, garantir que os clientes sejam bem atendidos, gerenciar o fluxo de caixa e lidar com inúmeras questões diariamente, tudo para manter a estabilidade e o bom rendimento do negócio, certo? Mas às vezes o empreendedor pode se confundir, especialmente na hora de determinar o preço de venda dos seus produtos. Como proceder então?
Em primeiro lugar, é preciso ter uma meta de lucros bem clara. Quanto você planeja ganhar com cada produto vendido ou serviço prestado para fazer os investimentos de tempo e dinheiro valerem a pena? Depois, leve em conta todos os custos de empresa, a rentabilidade desejada, além dos tributos, das comissões e dos descontos incidentes.
Já ficou confuso? Então acompanhe o post de hoje, porque vamos explicar melhor como calcular o preço de venda dos itens, passo a passo! Confira:
Analise detalhadamente seus gastos
Já mencionamos que para calcular seu preço de venda você deve ter informações sobre seus custos fixos e variáveis, pois dessa maneira poderá determinar um valor que não apenas cubra as despesas mas que ofereça a possibilidade de lucro. Vale relembrar que os custos fixos são aquelas despesas regulares — como salários, contas de luz, telefone e aluguel, por exemplo —, enquanto os custos variáveis são aqueles nada constantes, podendo, por causa disso, ser mais difícil quantificá-los. Mas uma solução é instituir porcentagens sobre os valores das vendas, de modo a estimar e aproximar futuros custos — como 2% para o pagamento de dívidas de cartão de crédito, por exemplo. Para que esse cálculo dê certo, as finanças da empresa precisam estar em dia e muito bem organizadas.
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Determine uma margem de lucro
A margem de lucro nada mais é que o dinheiro que sobrará ao final de todos os pagamentos, que pode ser usado para investimentos no próprio negócio. Como é um tanto quanto difícil estabelecer uma porcentagem certa, assegure-se de oferecer pelo menos uma base que possa ser ajustada conforme suas necessidades.
Se seu produto carrega um valor agregado — quando se reconhece aspectos especiais que permitem uma cobrança adicional —, você pode trabalhar com uma margem de lucro de até 70%. Se sua empresa trabalha com varejo, no entanto, não é muito bom extrapolar os 30%. E se você trabalha com estoques sazonais e precisa limpar as prateleiras no fim de cada estação, talvez seja inteligente reduzir a margem de rentabilidade para evitar prejuízos com os produtos encalhados.
E não se esqueça da concorrência! Para tanto, faça uma pesquisa e se pergunte se seus preços estão muito diferentes do praticado no mercado. Muito abaixo ou muito acima? Em certos casos, pode haver motivos que justifiquem um preço mais elevado, como um atendimento diferenciado ou um ponto de venda com mais funcionalidades, mas é bom sempre ter em mente como seus competidores estão agindo para não ficar para trás.
Faça o cálculo direitinho
Usando a fórmula custos + percentual da margem de lucro você chegará ao preço de venda líquido, o PVL, que representa a mercadoria livre de tributações ou quaisquer possíveis descontos. E é exatamente em torno desse valor que você deve basear seu preço final.
Se após todas essas contas você notar que o PVL está alto, não se adequando ao mercado e, consequentemente, ao bolso de seus consumidores, está na hora de refazer seus cálculos e repensar os gastos, pois eles representam a maior parcela do preço de venda final. Analise se todas as suas despesas são absolutamente necessárias e quais estratégias você pode tomar para garantir a redução de custos.
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Considere todos os descontos incidentes
O preço de tabela é o que efetivamente chega até o cliente. Nessa hora é preciso saber em qual sistema tributário sua empresa se encaixa: Simples, Lucro Real ou Lucro Presumido. Se você se enquadra no Simples, voltado para pequenos e médios negócios, não há nenhum tipo de tarifa. Mas caso sua empresa se encaixe no Lucro Real, você deve tirar o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que representa 18%. Já o Lucro Presumido é voltado para empresas com faturamentos muito altos, que têm que arcar com ICMS, PIS e Cofins.
Em seguida, some ao PVL os tributos e também a comissão de seus funcionários e quaisquer outros eventuais descontos oferecidos ao cliente para chegar ao preço final. Viu como nem é tão complicado?
Então, ficou ainda alguma dúvida? Comente aqui e a compartilhe conosco!
Muito interessante e instrutivo, não saber colocar valor pode fazer Com haja queda nas vendas “Excesso”, ou prejuízo “FALTA”, TUDO é uma questão de análise de custos e planejamento inclusive no que se pretende ganhar. Muito bem colocado.