A chegada desastrosa do COVID-19 ao país já resulta hoje em inúmeros casos confirmados, mortes e deixa um rastro de destruição nas finanças de empresas dos mais diversos segmentos.
Nesse sentido, atendendo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, foram publicados decretos municipais que exigem a cooperação de todos para que seja cumprido um período de isolamento social.
Logo, essa quarentena passou a ser motivo de preocupação não apenas aos que pertenciam as grupos de risco ou aos que, de fato, contraíram a doença. Mas aqueles cujas empresas precisaram conceder férias coletivas, aos prestadores de serviço que estão parados sem clientes há dias ou aos comércios que deixaram de vender porque o público não pode e não deve sair de casa.
Nesse cenário que em poucos dias já se configura como caótico e incerto, órgãos governamentais e bancos declararam medidas rápidas para minimamente tentar reduzir os efeitos, que ainda não podem ser medidos, causados pelo COVID-19, conhecido como Coronavírus.
A fim de amenizar uma das piores crises dos últimos tempos na economia brasileira, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou medidas para injetar R$ 55 bilhões no sistema financeiro brasileiro.
De acordo com o Presidente do BNDES, Gustavo Montezano, o valor a ser liberado já tem 4 caminhos definidos.
Primeiramente, será feita a transferência de R$ 20 bilhões de recursos do PIS/Pasep para o FGTS. Esta remessa e administração de valores estará sob responsabilidade do Ministério da Economia.
Posteriormente, será realizada a suspensão integral de pagamentos de juros por até seis meses para as empresas que têm financiamento direto com o BNDES. A este grupo, serão destinados R$19 bilhões. O que representa um grande avanço em termos de medidas protetivas para a manutenção das empresas brasileiras. Cabe destacar que o prazo total de parcelas e pagamentos segue o mesmo. Ou seja, a diferença que será postergada, passará a ser capitalizada.
Outro grupo a ser beneficiado por estas medidas é o das pequenas e médias empresas com operações indiretas com o BNDES, que ganharão até R$11 bilhões, considerando a suspensão dos pagamentos de juros e principal por até seis meses. Nesse caso, quando mencionamos operações indiretas, estamos nos referindo créditos negociados com outros bancos, mas com fundos provenientes do BNDES.
Por fim, o quarto caminho possível para estes valores representará R$ 5 bilhões destinados à ampliação de crédito para micro, pequenas e médias empresas. Este valor está deverá ser utilizado como capital de giro e terá repasse via agentes financeiros. Vale ressaltar que a carência é de até 24 meses, e o prazo de financiamento, de até 60 meses.
Nessa lógica, a concessão de créditos às empresas que mais precisam é, sem dúvida, uma forma prática de colocar a economia para funcionar e enfrentar com dinamismo os efeitos devastadores do COVID-19.
E então, gostou da notícia? Quer saber mais sobre medidas para reduzir os efeitos do COVID-19 na economia brasileira? Recomendamos a leitura do artigo: Quais impostos serão prorrogados para ajudar as PMEs a enfrentar a crise?