Sucesso! Essa é a palavra do momento no mundo empreendedor. Mas que sucesso é esse? O que determina o sucesso de uma empresa? Quais os fatores que fazem o sucesso de um empreendedor? Qual a diferença entre uma ideia de sucesso e uma ideia de fracasso? Há uma fórmula, uma receita ou um caminho que leve direto a esse tão desejado lugar?
Na era em que coaches, mentores e consultores ditam a moda de um mindset da riqueza, cheios de fórmulas sobre o seu sono, sobre os exercícios que se tornaram piada (como o crossfit) ou sobre os “passos para o sucesso” ou seus “guias definitivos”, é preciso prensar: O que eles não dizem?
A resposta, por mais que seja absurda, é clara: eles não falam sobre fracasso.
Ocorre, no entanto que são justamente os fracassos que fazem com que se produzam novas ideias, produtos inovadores, novas necessidades e estratégias para encarar um mercado altamente qualificado e cada vez mais competitivo e exigente.
Por isso, no artigo de hoje, compartilhamos 3 histórias de fracassos que se tornaram expertise. São 3 estudos de caso de empresas que deram muito errado, antes de tornarem-se o que chamamos hoje de Case de SUCESSO!
Fique atento à leitura e confira em que medida esses empreendedores podem inspirar você a transformar o seu negócio. Confira!
Antes de mais nada pense em como uma criança aprende a andar. Ela não simplesmente se levanta e sai andando. Existe um processo de experimentação, de tropeçar, de chorar e de tentar de novo. Analogamente, vamos pensar nesse processo como o empreendedorismo. Há muitas empresas ditas “de sucesso” que antes de “darem certo”, passaram por grandes adversidades, dirigidas por empreendedores que cometeram muitos erros, tropeçaram… Algumas marcas até chegaram perto de fecharem suas portas definitivamente.
Entretanto, a necessidade de colocar seu negócio em constante movimento, a persistência e coragem de seus gestores fizeram com que empresas famosas como Apple e Virgin Group, ou pouco conhecidas como a Inovadores, dessem a volta por cima.
Se acaso você já é um empreendedor e está passando por dificuldades financeiras, problemas com funcionários ou fornecedores, as vendas não estão tão aquecidas… ou então, se está obstinado a abrir seu próprio negócio, saiba que o percurso para o sucesso é mesmo um longo campo minado. Assim, compartilhamos as histórias de algumas empresas que passaram por esses obstáculos e tiraram grandes aprendizados. Aprenda conosco!
Não seria incomum se você estivesse lendo este texto em um aparelho da Apple – iPhone, iPad, MacBook, entre outros. Inegavelmente, a marca da maçã tornou-se uma das maiores, mais reconhecidas e mais rentáveis do mundo.
Há uma série de controvérsias sobre sua história. Porém, o que é indiscutível é que a Apple, criada no final da década de 1970, no quarto do jovem empreendedor Steve Jobs, esteve a ponto de falir. Ele e o sócio Steve Wozniak criaram um dos primeiros computadores pessoais do mundo, o Apple I.
Pouco tempo depois, na década de 1980, lançaram o famoso Macintosh. Assim, a pequena empresa que nasceu do sonho de dois jovens, cresceu, ganhou estrutura e funcionários. Em contrapartida, os constantes conflitos entre Wozniak e Jobs resultaram na expulsão de Jobs da empresa.
Logo, sem a ousadia e criatividade de Jobs a empresa parou de inovar e entrou em decadência. Eles não haviam parado de produzir. Criaram, inclusive, um console de videogame, o Pippin. Um verdadeiro fracasso em termos de qualidade e vendas. Menos da metade dos produtos fabricados foi, efetivamente, vendida.
Somente no final dos anos 1990, Jobs retornou a Apple para coordenar uma reviravolta no quadro crítico em que a empresa se encontrava. E, claro, dar uma nova oportunidade àquele que tinha sido o seu grande sonho, tornar a Apple uma marca de sucesso! Dali em diante, o processo criativo passou por uma série de reformulações, enfrentando crises no mercado nacional e internacional.
É isso mesmo, se até gigantes como a Apple precisam rever seus processos e reformular estratégias. Por que é que você vai teimar em repetir processos que não estão rendendo bons resultados?
Entretanto, Jobs foi brilhante em criar não apenas produtos, mas criar novas necessidades. Criou, então, produtos que atendiam demandas que o público nem tinha consciência que poderiam ser supridas. Foram lançados nesse período o iPod, iPhone e iPad.
Anos mais tarde, com a morte de Jobs, a Apple se matem uma referência seguindo o legado de inovação tecnológica deixado por seu fundador.
Sabe aquele seu amigo que está sempre apostando em “uma grande ideia de negócio”? Ele poderia muito bem ser Richard Branson.
O fundador do Virgin Group, já investiu em mais 100 companhias. Genial não é mesmo? O problema é que a maioria delas quebrou. É verdade, das dezenas de grandes ideias em que este empreendedor britânico investiu, a única que lhe rendeu sucesso foi sua loja de discos, que mais tarde foi transformada em gravadora, a Virgin Records.
Até dar certo, seu empreendedorismo deu muito errado. Faliram a companhia aérea, o banco, o clube de vinhos, a marca de lingerie… Extremamente audacioso, o maior dos negócios fracassados de Branson foi a Virgin Drinks. Cujo produto principal se propunha ser um concorrente da Coca-cola, a Virgin Cola.
Apesar disso, este obstinado homem de negócios não se abalou pelos fracassos. Ao contrário, tomou-os como impulso para criar novas estratégias e hoje é um dos grandes nomes no empreendedorismo mundial.
“Toda pessoa, e especialmente todo empresário, deve receber o fracasso de braços abertos. É somente por meio dele que aprendemos. Muitas das mentes mais excelentes do mundo aprenderam isso do pior jeito”, escreveu em seu próprio blog.
Essa Startup portoalegrense tem uma história de insucessos de espantar qualquer empreendedor e claro, os investidores. Fundada por jovens gaúchos, os primeiros anos da empresa foram muito difíceis.
Primeiro, fecharam um contrato fantástico com um clube local. Desafortunadamente, o grande clube pegou fogo, transformando a chance de crescimento da Startup em fumaça.
Os sócios, não desistiram, permaneceram convictos em seu negócio. Quando milagrosamente, venceram uma licitação para fornecer seu produto, a uma grande estatal brasileira. Aquela negociação seria a gente virada em seu faturamento e o passado de fracassos ficaria para trás.
Logo depois, a tragédia! Devido a falhas no edital – que levou meses até ser revisado -, o pregão foi cancelado e a licitação perdida. Decretando, então, o fim da Inovadores.
— No início parecia só azar, mas depois percebemos todas as falhas ao longo do trajeto que nos colocaram naquela posição. Não prevíamos os riscos do negócio e tínhamos uma estrutura muito grande, com nove funcionários e um casarão alugado no Bom Fim. Estávamos num mercado incerto com um custo enorme. — contou André Flores, o fundador de empresa.
Mas empreendedor que se preza não foge da luta! Juntando todos os tropeços e erros cometidos na gestão da Inovadores, André Flores transformou os fracassos em novas oportunidades de negócio. Era aquela velha história de que enquanto alguns choram, outros vendem lenços.
Com o fim do seu projeto, jovens investidores que tinham o desejo de começar a empreender recorriam a André Flores cheios de ideias e pedindo conselhos para criar sua primeira startup.
Desse modo, a partir de um complexo estudo de caso – as adversidades sentidas na pele -, nasceu a Empreendedorismo para Arquitetos. Uma empresa altamente inovadora que é hoje uma plataforma digital de conteúdo para quem sonha em empreender.
Somente em 2018, foram comercializados mais de 30 cursos, através da plataforma (inclusive presenciais). O público não poderia ser mais variado. São pessoas criativas, com mentalidade inovadora, dispostas e criar negócios de sucesso em áreas como moda, cervejaria e arquitetura.
Em resumo, compartilhamos estas terríveis e inspiradoras histórias para mostrar a você que empreendedorismo é coisa séria. Ter um negócio próprio pode ser o seu maior sonho ou o pior pesadelo e isso não está diretamente ligado a ter grandes ideias ou muito capital. A receita para o sucesso, não está nos ingredientes ou nas medidas. Está, sobretudo em como se prepara.
Portanto, esteja atento a tudo, ao mercado, aos seus concorrentes, eu seu público… Lembre-se que empresas são feitas por pessoas e para pessoas. A grande sacada é saber estreitar o laço entre o seu produto ou serviço e as necessidades do seu público (mesmo que o seu público ainda nem saiba que precisa disso).