A Pricewaterhousecoopers (PwC) realizou em abril deste ano uma pesquisa sobre o futuro dos negócios familiares, tanto a nível mundial quanto nacional. O resultado mostrou o que muitos fundadores e sucessores têm percebido no mercado global e se buscam inovar dentro dos negócios da família.
Neste artigo você poderá conferir alguns dados da pesquisa e entender como planejar a sucessão e administrar um negócio familiar pode ser simples e gratificante.
A pesquisa da PwC mostrou que apenas 3% das empresas atingem a quarta geração, e que somente 11% das empresas familiares brasileiras possuem um plano de sucessão estruturado. Isto demonstra a falta de planejamento destes negócios no longo prazo.
Para que uma empresa familiar possa crescer no Brasil, elas precisam lidar com uma constante inovação, ponto apontado por 71% dos entrevistados como o principal fator de competitividade do negócio. Porém, somente 46% das empresas brasileiras sentem a necessidade de iniciar um processo de profissionalização, sendo que as empresas mais novas demonstram a maior parte do interesse.
Quando o assunto é a sucessão do negócio, a pesquisa mostrou que 70% dos sucessores trabalhou fora da empresa antes de se juntar ao negócio familiar. Além disso, a maioria dos próximos gestores começou em um papel inferior e evolui a um nível superior com o passar do tempo e muito trabalho.
Os indicativos sobre a sucessão dos negócios familiares mostram que 32% dos próximos gestores espera gerir a empresa um dia, mas não sabe quando isso irá acontecer, enquanto 28% sabe que vai gerir a empresa da família e quando sua gestão começará. Além disso, 16% espera para assumir um cargo mínimo na empresa, mas não gerenciá-la, quanto 11% já está neste cargo inferior sem perspectiva para gerir o negócio.
Quando o assunto são os planos e expectativas dos próximos gestores, os indicativos mostram que:
Veja mais detalhes da pesquisa (em inglês) clicando aqui.
Os analistas da PwC apontam que as empresas familiares em todo o mundo apresentam resistência as mudanças. De maneira geral, elas possuem dificuldade em inovar seu modelo de negócio, pois tem medo dos riscos que isso representa, principalmente nas empresas comandadas pela terceira e quarta geração. Estes gestores sentem a responsabilidade de manter o sucesso do negócio, por isso optam por estratégias tradicionais e seguras.
Isto demonstra a insegurança de alguns gestores em empreender quando o negócio familiar já está estruturado. Porém, a nova geração de sucessores chega com uma grande energia para inovar os negócios, pensar “fora da caixa” e analisar o melhor para a empresa. O primeiro ponto a analisar é a sucessão dos gestores, que irá determinar quando o negócio irá inovar.
O processo de sucessão em uma empresa familiar pode ocorrer por diversos motivos, como a aposentadoria ou morte do fundador ou sucessor no comando, a promoção do sucessor já treinado para o cargo de chefia, entre outros.
Como se trata de momento de transição, de uma troca entre estilos de comando diferentes, este período pode gerar muitos conflitos no negócio.
É preciso ter em mente que a mudança na gestão é inevitável em qualquer empresa, mas que pode trazer novas ideias e energias positivas para o negócio. Como a sucessão em uma empresa familiar pode causar alguns conflitos de interesse, o processo deve ser conduzido de forma ética e profissional.
Este processo deve ser pensado a médio e longo prazo, com um programa estruturado e alinhado com o desenvolvimento profissional do sucessor. O herdeiro que assumir o negócio deve estar ciente de suas responsabilidades, buscar capacitação e preparação com conhecimentos técnicos e teóricos sobre a gestão do negócio.
A sucessão deve ser tratada com seriedade, pois sua conseqüência é a continuidade ou não do negócio. Por isso, a liderança da empresa deve ser repassada para um membro preparado, que esteja a par das dificuldades e sucessos do negócio. O despreparo da nova liderança pode representar a falência ou venda da empresa.
Como aponta a pesquisa, muitos sucessores possuem experiências em outras empresas e começaram na empresa familiar sem um cargo de chefia. Isso demonstra que eles possuem uma visão mais ampla sobre o mercado e já têm ideias para inovar no negócio.
Por fim, a sucessão na empresa familiar deve ser bem pensada, estar acima dos interesses pessoais e conflitos internos, pois será ela que determinará o sucesso do empreendimento.
Ao assumir o negócio da família, deixe seu espírito empreendedor lhe guiar e não tenha medo de inovar para conseguir novos resultados para a empresa.
A principal forma de inovar ocorre no processo comercial, em que algumas ações podem ser estruturadas para buscar mais vendas, e conseqüentemente, mais resultados.
Abaixo listamos algumas ações que você pode colocar em prática, caso ainda não existam na empresa. Elas são simples e podem fazer uma grande diferença!
Não deixe seu espírito empreendedor perder força ao gerenciar a empresa da família. Utilize seu conhecimento e a vontade de fazer diferente para conseguir novos resultados. Lembre-se que a sua força de vontade determinará o tamanho do seu sucesso!
Leia também o artigo “Empresa familiar: como gerenciar seu negócio com eficiência” clicando aqui.
Não se esqueça de compartilhar nos comentários como sua empresa familiar tem conseguido inovar.